Comida radical

O trocadilho do título, tendo em conta o mote deste blogue, comida saudável, talvez não venha a ser assim tão bem conseguido mas vejamos como corre. 

Há 11 dias que voltei à minha alimentação normal, isto é, que deixei o whole. Já disse que a minha forma de comer se adaptou, melhorou, aliás. Não tenho comido massas ou arroz ou pão, simplesmente porque nem me lembro disso. Tenho comido queijo, queijo, queijo. Ainda não peguei nos meus ricos cereais com iogurte grego. Não percebo a razão. Simplesmente não tenho necessidade de os comer. Tenho optado pelas panquecas (sobre as quais dedicarei um post específico) ao pequeno-almoço com fruta, ou salgadas ao lanche. 

Mas até que ponto o Whole ou aquilo que tenho comido é comer de forma radical?

Tenho sentido que é assim que as pessoas veem o whole e forma como como. Cortar, restringir, deixar de comer os alimentos aos quais estamos habituados. E isto é dito com um peso gigante e colocam o acto de comer num patamar de dificuldade elevado, como se um verdadeiro desafio se tratasse. 

Penso que quem, há anos, come pratos recheados de hidratos simples e farináceos e laticínios com fartura se veja à beira de um abismo quando ouve falar em ovos ao pequeno-almoço e erva ao almoço e ao jantar. Porém, aqui o importante é que as transformações se façam de forma gradual, como eu fiz. Deixei o leite e o pão há mais de um ano; tomo suplementos alimentares e vitamínicos; percebo quais os alimentos que me fazem mais bem do que mal e se opto por um pastel de nata tenho noção de que preferencialmente uma maçã proporcionava-me uma maior satisfação a longo prazo. Mas não é por isso que o faço, porque sou gulosa, gosto de bolos, doces, biscoitos, GOSTO! Mas é giro perceber como funcionamos com e sem açúcar. E funcionamos muito melhor sem açúcar do que com ele, porém o mercado alimentar está virado para o consumo absurdo de açúcar que, a médio-longo prazo dá em asneira.

Voltemos ao que interessa!

Perdi 4 kg durante o whole e quando as pessoas ouvem este número surpreendem-se e perguntam: mas o que é que comes mesmo?! E quando falo em batata doce ao pequeno almoço começam a torcer o nariz. Eu também torci. Nos primeiros posts, em vários deles aliás, relatei a minha preocupação em relação àquilo que iria comer de manhã. Um mês depois continua a ser a minha refeição preferida e adoro saber que há crepes com babana e nozes para comer no escritório.

O propósito é comer bem, é saber comer! E isso é fácil e até pode ser divertido. Experimentem!!!

  

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